O poeta,

o poeta canta
O poeta,
o poeta ama
O poeta diz: é preciso saber viver!
Para o bom tolo que trabalha e luta
E não ganha para viver
O poeta
o poeta pensa
o poeta
o poeta ama
O poeta repete: é preciso saber viver!
O bom filosofo questiona o tolo e sua luta
e diz: para que viver?
O poeta
o poeta luta
o poeta
o poeta quebra
O poeta repete uma terceira vez: é preciso saber viver
O bom politico faz favores para viver
Mas depois do poeta repetir e repetir...
“um silencio ao meio do caos”
Para saber viver só precisa ser bom!
O poeta repete: é preciso saber viver!
e a boa sociedade finge viver!
O poeta
O poeta ama
O poeta

O poeta é o titã que sabe viver

Oh, minha gente!

Tem gente que vem

tem gente que vai

E tem gente que vive com a gente

Tem gente que anda

tem gente que passar por aqui e acolá

e tem gente que só espera a gente

Tem gente que erra

Tem gente que acerta

E tem gente que julga a gente

Tem gente branca

tem gente preta

tem gente amarelo e vermelho

mas agente é tudo gente

Oh, minha gente!

Tem gente que ama

tem gente que não

E tem gente que faz amor com a gente

Tem gente que toca

tem gente que ouve

e tem gente que sente a gente

Tem gente que grita

tem gente que soa

e tem gente que nos faz apaixonar

tem tanta gente que agente se perde no meio de gente

e gente é assim tudo igual agente

azul, verde e amarelo

A loucura me toca ao som de blues
Intensa fechada em paredes azuis
iluminada pela a busca de um nascer nublado de sol
perdido em pensamentos idiotas
onde pular correr e gritar só nos diz
que o nosso libido mental está sobre as torres da capital
E os piões riem biricando com seus carinhos de supermercados
rolando a caminho de uma bacia molhada chamada lago.